quinta-feira, 6 de junho de 2013

Aborto

A mulher tem direito sobre seu corpo. Mas ela tem direito sobre seu feto?
 
O feto faz parte do corpo da mulher?
Não, o DNA do feto é diferente do DNA da mãe, o que caracteriza outro corpo.
 
O feto é um ser vivo?
Sim, o feto é dotado de células vivas, organizadas e funcionais.
 
O feto é a mesma coisa que um tumor?
Não, um tumor é composto por células do próprio corpo da pessoa e possui um crescimento desordenado, não gerando novos órgãos ou tecidos funcionais. Já o feto é dotado de células diferentes do corpo da mãe, possui crescimento organizado, gerando seu próprio corpo com órgãos e tecidos funcionais.
 
O feto é um ser humano?
Sendo o feto um ser vivo, com DNA humano completo e diferente do DNA da mãe, então o feto é um ser humano.
 
O feto tem consciência?
Sim, em determinado estágio da gestação o feto tem consciência, só não se sabe exatamente em qual estágio. De qualquer forma, sabemos que o feto, em algum momento, passará a ter consciência se não for interrompida a gestação por causas naturais ou artificiais.
 
Lembrando que todos nós um dia fomos um feto e, apesar de tudo, estamos muito contentes de nossas mães não nos ter abortado, por mais dificuldades que ela tenha passado na gravidez e na nossa criação.
 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Radioheadeando

Olá a todos!

Desculpem meu total abandono do blog, quem me conhece sabe que estou fazendo TCC, faltam duas semanas pra eu concluir o curso de Engenharia Elétrica.

Porém, essa semana eu consegui pegar meu violão por alguns minutos e decidi gravar uns sons só pra brincar. Disso saiu interpretações espontâneas das músicas Nude e How to Disappear Completely, as duas da banda inglesa Radiohead.

Espero que curtam, mas podem falar mal também sem problemas hehehhehehe




Fonte da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Radiohead.jpg

sábado, 20 de abril de 2013

Opiniões e respeito



Uma coisa que tenho aprendido nos últimos anos é não me chocar com as opiniões contrárias às minhas, não ficar revoltado e querer impor minhas opiniões, e também não julgar a pessoas como ignorante, retrograda, preconceituosa e etc.

Pelo contrario, tenho gostado de ouvir e conhecer todo tipo de opinião, gosto quando as pessoas argumentam e demonstram os motivos de suas opiniões. E assim eu sempre estou revendo as minhas próprias opiniões, se eu realmente perceber que estou errado eu mudo, não como um  maria-vai-com-as-outras, mas como alguém que quer aprender, crescer, amadurecer e aprender mais ainda.

E quem me conhece sabe que também estou sempre argumentando e defendendo minhas opiniões, mas não para convencer ninguém, muito menos constranger alguém, mas buscando essa troca de experiências, conhecimento, reflexões. Acabo entrando, ou até gerando, debates acalorados por causa desse meu jeito, mas se engana quem pensa que estou querendo "pregar" minhas crenças. Minha vontade é apenas gerar essa reflexão em mim e nas pessoas, pois quando alguém argumenta e defende suas opiniões, para isso ela teve que passar por uma auto-reflexão e buscar se realmente ela sabe o motivo de ter tais opiniões. E eu também faço o mesmo.

Eu acho que política, religião, futebol, ou seja lá o que for, se discute sim. Mas somente com esse propósito de gerar reflexões, aprender, compartilhar. Mesmo quando a questão é uma crença ou fé, acredito que o debate possa ser positivo, havendo obviamente respeito de todas as partes, afinal todo mundo tem crenças e a pessoa que diz que não tem talvez esteja precisando dessa auto-reflexão. Eu acho que não existe o mundo utópico do pleno empirismo.

Respeitar não é concordar, mas discordar não é ofender. É possível tratar com respeito mesmo discordando, ninguém deve ser mal tratado por ter a opinião que for, ou por estar enganada. Conhecimento usado para constranger é como um avião usado para fazer guerra. Que esse avião esteja sempre cheio de pessoas de diferentes lugares, opiniões, crenças, e todos em amor e respeito um pelo outro. As pessoas são únicas, suas experiências são totalmente particulares. Ninguém sabe o que o outro vive, pensa, sofre ou sofreu, como ele foi educado, ou tudo que já passou para chegar a ter tal opinião. Por isso não podemos julgar pela aparência.

Eu desejo que todos se amem, se respeitem, não se ofendam nem se machuquem, que troquem experiências, riem e chorem juntos, e que cada um seja o apoio para o outro subir e não o buraco para o outro cair. Como meu amado amigo Alê Lima disse “Não estamos sozinhos e temos que dividir nosso planetinha em 7 bilhões de partes iguais.”

Um grande abraço a todos!

Fonte da Imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hands_of_love.jpg

sexta-feira, 29 de março de 2013

Anotações particulares 11

Evangelho segundo Mateus - Capítulo 11 - Sobre Jesus e João Batista
 
No início do capítulo João Batista está preso, então ele envia dois discípulos para perguntar a Jesus se ele é mesmo o messias. Cristo responde citandos os sinais que ele realizava. O propósito dos milagres de Cristo fica claro, eles eram para confirmar que Jesus realmente é o messias, para que as pessoas passassem a crer nele. Por isso entendo que os milagres não são para quem já crê, o que se confirma quando Paulo mesmo não é curado de seu espinho na carne. Para quem já crê, a graça de Deus é suficiente.
 
Jesus então passa a falar sobre João Batista, dizendo que ele era muito mais que um profeta, pois foi escolhido por Deus para anunciar a chegada de Cristo, porém o menor no reino dos céus é maior do que ele. Anunciar o Evangelho do reino dos céus é uma tarefa mais importante do que a de João Batista, pois é a única mensagem que realmente pode salvar as almas dos homens.
O mundo no geral não quer aceitar a mensagem do Evangelho, dando qualquer desculpa para rejeita-la, pois João Batista jejuava e as pessoas diziam que tem demônio, então veio Jesus comendo e bebendo e o chamavam de comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Jesus veio salvar os homens, mas também confrontar o ego das pessoas, por isso acredito que a única coisa que pode impedir alguém de se render à graça de Deus é o próprio orgulho.
Jesus passa então a falar das cidades nas quais operou sinais e milagres, mas as pessoas mesmo assim não creram. Olhem como a justiça de Deus é inquestionável, pois Jesus diz que cidades extremamente pecadoras (Tiro, Sidom, Sodoma) serão julgadas com menos rigor do que essas cidades que viram os milagres, pois aquelas não tiveram a oportunidade de conhecer o poder de Deus ou a mensagem do Evangelho. Muitas pessoas pedem um sinal a Deus para que possam crer, mas ai daqueles a quem Deus envia um sinal e mesmo assim a pessoa não crê.
Deus ocultou todas estas coisas dos sábios e entendidos, e as revelou aos pequeninos. Só se pode conhecer o Pai e o Filho se isso lhe for revelado. Busquemos então a Cristo estando cansados e oprimidos e ele nos aliviará, pois é manso e humilde de coração, encontremos descanso para nossas almas, pois é suave o jugo e leve o fardo de quem vive em Cristo. Graças a Deus, Pai de nosso Senhor e Salvador. Amém.

domingo, 17 de março de 2013

Quem tem o ônus da prova, ateístas ou teístas?

A maioria dos ateus que conversei costuma dizer que se alguém tem que provar alguma coisa, esse alguém seria então a pessoa que crê em Deus. Eu entendo que essa afirmação vem do seguinte raciocínio; nós vivemos num mundo onde descobrimos as coisas a nossa volta através do uso dos cinco sentidos, e dessa forma interagimos com as coisas. Aí surge alguém dizendo que existe um ser (ou seres) que não se pode ver, ou ouvir, ou tocar, etc. Então o natural seria a seguinte reação: Ah existe esse ser? Então prova!
 
Eu costumo concordar com esse raciocínio, mas como diria o cético, “Há controvérsias!”. Acontece que muitos cientistas ateus, principalmente da área da biologia, afirmam que a natureza é formada por seres o objetos que possuem a aparência de design, ou seja, que parecem terem sido projetados propositalmente. Como vemos na seguinte afirmação de Richard Dawkins:

Biologia é o estudo de coisas complicadas que dão a aparência de terem sido projetadas para uma finalidade.
 
Ele continua:
 
[...]Os resultados vivos da seleção natural nos impressionam irresistivelmente com a aparência de design como se de um mestre relojoeiro[...]
 
Acredito que essa afirmação inverte totalmente a questão do ônus da prova. O que o ateu está dizendo é que vivemos num mundo onde o natural é imaginar que as coisas foram criadas por alguém, um universo que não surgiu por acaso, mas propositalmente. Então, se a inferência de design é tão óbvia e tão natural (irresistível diz Dawkins), por que então rejeitar essa conclusão, a de que um ser projetou o universo? Por que não seguir o que nosso instinto e tudo a nossa volta está nos dizendo, que o universo foi criado propositalmente? Agora quem tem que dar uma explicação é os ateístas, e não os teístas. A não ser que o ateu negue a aparência de design do universo, indo contra os mais influentes cientistas da atualidade.
 
Para completar o assunto eu gostaria de falar da minha fé no Deus revelado em Cristo. Pois independente de quem tem o ônus da prova, se um teísta disser que pode provar que deus existe, ele não está falando do mesmo Deus que eu creio. O Deus revelado em Jesus é um Deus que só se relaciona através da fé. É um Deus que não pode ser provado, pois não pode ser reduzido. A fé é um dos dons mais belos e mais importantes na teologia cristã, e um deus cientificamente provável excluiria a fé. Portanto para se relacionar com Deus é preciso crer que ele exista, é preciso dar o pequeno passo que sai da região de conforto da lógica humana, dos modelos matemáticos, algorítmicos, lógicos, racionais. E passar para região onde o conforto é confiar que Deus sabe o que faz, que temos um Pai mais que “super-homem” para nos salvar, não dos perigos do mundo, mas de nós mesmo, pois somos crianças que insistem em por o dedo na tomada, por a mão no fogo, andar em beiras de precipícios...
 
Portanto, eu não sei quem tem o ônus da prova, ateístas ou teístas, mas não me preocupo mais com isso, pois sei em quem tenho crido.
 

sábado, 2 de março de 2013

Anotações Particulares 10

Evangelho segundo Mateus, capítulo 10 - Jesus envia seus discípulos

O capítulo inicia com Jesus dando poder aos doze discípulos, para eles expulsarem demônios e curarem doenças. Note que o texto deixa bem claro que quem recebeu esse poder foram os 12, e com um propósito bem específico que falarei daqui a pouco. Ninguém pode usar esse texto como base para pregar poder de cura e de expulsar demônios a todos cristãos.
 
Jesus então diz para eles não irem às cidades dos gentios ou samaritanos, mas apenas aos Israelitas. E está aqui o propósito que falei no parágrafo anterior. Paulo na carta aos coríntios fala "Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria". O povo judeu pediria sinais como prova de que são enviados de Deus, então Jesus deu poder aos discípulos fazerem alguns sinais. E aqui Ele diz algo lindo e muito importante: "de graça recebestes, de graça dai". Pois os discípulos não mereciam o que receberam, mas receberam de graça. Jesus ainda diz para eles não possuir dinheiro, nem objetos a mais, então se alguém quer usar esse texto como base para realizar curas, expulsar demônios, devia também não possuir nenhum bem material nem dinheiro. Não é o que se vê por aí.
 
Cristo diz também que se mesmo com todo esse poder e esses sinais eles não fossem recebidos pelos judeus, o juízo desses seria maior do que o de Sodoma e Gomorra. Pois estas cidades não tiveram a oportunidade de conhecer Deus com tantas evidências e sinais. Deus é justo e não vai cobrar das pessoas algo que elas não poderiam saber. Então Jesus diz que os discípulos seriam perseguidos por seus irmãos e parentes, os próprios judeus, por causa do Evangelho. Afinal, se chamam o próprio Cristo de Belzebu, imagina o que fariam com os discípulos.
 
Por isso não devemos temer os que podem matar o corpo e não a alma, os homens, mas devemos temer aquele que pode matar tanto o corpo quanto a alma, que é Deus. E assim confiar em Deus também, afinal nada acontece sem a vontade do Pai, Ele conhece cada fio de cabelo que temos. Não nos envergonhemos de Cristo, mas confessemos que somos cristãos diante dos homens, mesmo que isso seja um suicídio social ou motivo de perseguição. Quem faz questão de ter uma vida bacana diante dos homens, desperdiça a vida, mas quem abrir mão de viver como o mundo ensina buscando viver o que Cristo ensina, esse receberá vida.
 
A Deus e Pai de Cristo, fonte da vida, sejam todo meu amor, adoração e a minha vida, amém.
 
 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Reflexões sobre a ciência 3

Acredito que este será o último post dessa série de reflexões sobre a ciência, farei minhas considerações finais sobre o que penso do assunto.

No primeiro post da série eu falei sobre a ciência não tratar de verdades absolutas, mas sim de modelos cuja única relação que eles têm com a realidade é uma capacidade limitada de previsão de um evento real. Isso não significa que o modelo seja uma descrição exata e perfeita da realidade por trás do evento modelado. A ideia fica clara se pensarmos na física Newtoniana, que trata de modelos que descrevem muito bem uma gama de eventos reais, mas que Einstein depois mostrou estar faltando um detalhe, e assim complementou o modelo inserindo novas informações.  O modelo de Newton continua sendo usado, mas sabemos que não é uma descrição perfeita e exata da realidade. O mesmo pode acontecer um dia com o modelo de Einstein, com novas pesquisas e dados inserindo mais fatores ao modelo, e isso acontecer infinitamente sem que nunca se chegue ao modelo final que realmente seja a descrição do que está por trás dos eventos reais.
Podemos então, a partir desse ponto, dar mais um passo e perceber que o modelo criado cientificamente não obriga a realidade a se comportar da maneira prevista. Quero dizer que o modelo não garante que a realidade sempre se comportou, se comporta e sempre se comportará da maneira prevista por ele.  O modelo nos diz que todas as vezes que o evento foi repetido de forma controlada, medido e registrado, a realidade se comportou da mesma maneira, mas ele não nos diz nada sobre os eventos nunca registrados. Isso é um exemplo do chamado problema da indução.  Concluímos então que o êxito de um modelo é algo totalmente estatístico, uma estatística de 100%, mas ainda sim uma estatística. É como uma pesquisa eleitoral, mesmo que um candidato tenha 100% de aceitação na pesquisa, nós sabemos que é possível que os outros candidatos recebam um número considerável de votos na eleição real.
Por fim, a ciência também precisa lidar com hipóteses não testáveis, e isso pode gerar muita confusão até mesmo para os melhores cientistas. Por exemplo, quando falamos de eventos passados não reproduzíveis ou verificáveis. Nestes casos não podemos falar em provas, mas em evidências a favor e contra. A ideia é juntar os fatos e verificar se as evidências a favor de tal hipótese estão mais próximas da realidade esperada, e também explicar como as evidências contrárias se encaixam no modelo proposto. Assim, com uma análise criteriosa, podemos dizer que tal evento passado possivelmente aconteceu de tal maneira. Nada impede que novas evidências surjam e mude o rumo das coisas, então novos modelos devem ser pensados para encaixar os novos dados. Portanto, quando estamos falando de eventos passados dos quais não se tem um registro criterioso, como, por exemplo, o “big bang” e a evolução a partir de um único ancestral comum, devemos mais ainda ter o cuidado, e a humildade, de não tratar como fatos ou verdades comprovadas, mas sim como hipóteses a ser constantemente avaliadas.
Concluindo então a série de posts, temos a ciência com seu escopo bem definido, assumindo as crenças necessárias para se fazer ciência, e desmistificando supostas verdades absolutas, podemos fazer melhor ciência, mais humilde e realista, focando no que realmente importa. Assim temos a pesquisa científica como uma fascinante forma de se obter conhecimento útil para a humanidade.

Fonte da imagem: http://jjkiefer.deviantart.com/art/Albert-Einstein-285400074

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Anotações Particulares 9

Evangelho segundo Mateus – capítulo 9 - Deus, milagres e os religiosos
 
O capítulo inicia com um paralítico sendo trazido a Jesus. É importantíssimo notar que Cristo viu a FÉ deles, então disse que os pecados do paralítico estavam perdoados. Repare a sequência dos fatos, tendo ele fé os pecados dele foram perdoados. É simples assim, creia que Jesus é o Filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados, ressuscitou, então seus pecados serão perdoados pelo próprio Cristo.
 
Repare também a reação dos religiosos ao ver essa cena. Eles disseram que Jesus blasfemava. Todo religioso é assim, pelo simples fato de seguir um monte de regras, viver uma vida aparentemente correta, justa, ele quer perdão só pra si, quer salvação só pra si, quer a verdade só pra si, o favor de Deus só pra si. Perceba que a religião não leva a Deus, afinal Deus é amor, misericórdia, perdão, reconciliação. Então Jesus, para mostrar que tem autoridade para perdoar, disse ao paralítico que levantasse e fosse pra casa, e assim ele o fez, sendo então curado.
 
Agora Jesus está à mesa com judeus pecadores e cobradores de impostos para os romanos, considerados traidores pelos judeus religiosos, e estes voltam de novo com todo aquele julgamento religioso: “Como alguém que se diz enviado de Deus se senta com pecadores e publicanos?”. Jesus então diz que veio para os doentes e não para os sãos. Não que os religiosos fossem sãos, mas o ato de reconhecer-se doente, ou seja, pecador, é um passo importantíssimo para perceber o quanto precisamos de Cristo. Enquanto os religiosos não se consideram pecadores, estão certamente mais longe de Deus do que as pessoas que são mais honestas consigo mesmas. Jesus então diz a eles: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.”
 
Agora os discípulos de João batista perguntam a Jesus qual o motivo dos seguidores de Cristo não jejuar. Existe muita confusão relacionada a jejum por aí. Jesus de cara já explica que jejum está vinculado à tristeza. Enquanto temos Jesus conosco, temos alegria, afinal o nosso Salvador tão querido e esperado está entre nós. Sendo assim não nos é necessário jejuar. Talvez até seja válido jejum em momentos de extrema tristeza, que todo mundo experimenta, mas mantendo em mente que o foco é Cristo, e que nossa tristeza é resultado da falta de confiança em Deus. Afinal Ele é o Todo Poderoso, Sábio, Eterno, enfim, Ele sabe o que está fazendo, mesmo que a gente não entenda.
 
Jesus responde aos discípulos de João que não devemos colocar remendo de pano novo em roupa velha, nem vinho novo em odre velho. Ele está dizendo que não devemos misturar a novidade que Cristo estava anunciando, as boas novas, com os velhos costumes judaicos. Estes costumes estavam sendo feitos obsoletos por Jesus, e tentar mantê-los iria atrapalhar mais do que ajudar. Isso é algo que traz muita confusão nos meios religiosos que se dizem cristãos. É uma mistura de Evangelho, costumes e leis judaicas, tradições de homens, isso quando não são adotados elementos da Umbanda, bruxaria, misticismo, etc. E o principal, que é o amor incondicional de Deus por nós, a obra salvífica de Cristo, as boas novas que soam realmente boas, são deixados de lado.
 
Jesus então realiza uma séria de curas, e até ressuscita uma menina. Sempre destacando a fé daqueles que se achegam a Cristo e recebem a cura. É importante lembrar que Jesus viveu ainda na época da antiga aliança, onde a maioria das coisas são simbolismos de algo futuro melhor e eterno. As curas e milagres que Cristo realizava, além de demonstrar suas credenciais, eram uma figura de uma cura melhor e eterna que Jesus realizaria com sua morte e ressurreição, a cura do pecado e o dom da vida eterna. Não devemos busca-lo então apenas com o propósito de uma cura simbólica, mas da cura eterna que nos concede uma nova vida que não conhecerá a morte, ou seja, o perdão dos pecados e a salvação.
 
Os religiosos novamente reagem negativamente aos milagres de Jesus, dizendo que ele expulsa demônios através do príncipe dos demônios, e não por ser enviado de Deus. Aquele que se acha santo, justo, religioso, quando vê um pecador se dando bem, sempre julga que o benefício foi o diabo que deu e não Deus. Mas lembremos de que Deus é o criador de todas as coisas, então tudo pertence a Ele. O diabo não tem nada, nunca criou nada, nem tem poder ou criatividade para esse tipo de coisa, a única coisa que ele inventou é a mentira.
 
Jesus se compadece do povo, por estar tão perdidos e desgarrados, como ovelhas sem pastor. E hoje a situação é a mesma, talvez pior. Roguemos então a Deus que envie mais ceifeiros, pois a seara é grande.
 
A este Deus seja todo nosso amor, carinho, reconhecimento, gratidão, eternamente, amém.
 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Reflexões sobre a cência 2

Todo conhecimento útil deve ser fornecido pela ciência?
 
O que estou querendo dizer com essa pergunta é se a ciência é a única fonte confiável de conhecimento, ou ainda se tudo que não é comprovado cientificamente deve ser menosprezado. Essa é uma ideia recorrente nos meios científicos, mas deve ser analisada com cuidado para não cairmos em contradição, afinal a ciência depende de conhecimento não comprovado cientificamente, e é isso que eu pretendo mostrar aqui.
 
Por exemplo, toda inferência científica se baseia em duas áreas do conhecimento: a lógica e a matemática. De fato, essas duas áreas são a base da ciência teórica e experimental e por esse mesmo motivo é que não se pode comprovar cientificamente nenhuma delas. Seria um argumento circular, do tipo “a galinha é quem bota os ovos, mas são dos ovos que nascem as galinhas”, ou seja, não se chega a lugar nenhum. Por isso dizemos que a lógica e a matemática são consideradas verdades a priori, são conhecimentos tidos como verdadeiros, mas que não são derivados dos dados científicos.
 
Outras formas de conhecimento que usamos todos os dias, mas que não podem ser comprovadas cientificamente, são as ideias de beleza, razão, sentimento e moral. Não se pode provar através de dados científicos que uma paisagem ou o por do sol são belos, ou que a razão, ou consciência, que temos é fruto de meras reações químicas no nosso cérebro. Caso contrário, seriamos mais parecidos com autômatos, escravos da química, do que seres pensantes que somos. Da mesma forma não se pode reduzir sentimentos a meras reações químicas, eu pelo menos nunca diria que o amor que sinto pela minha esposa é apenas reações químicas no meu cérebro. Ela pediria o divórcio. Também não se pode comprovar cientificamente o que é bom e o que é mau, apesar de todo mundo concordar que ajudar as pessoas necessitadas é algo bom, e estuprar uma criança é algo mau.
 
Se formos mais a fundo, passo a falar de um conceito complicado, e até polêmico, por isso espero me expressar com clareza. Acontece que a ciência só pode existir se dermos o primeiro e pequeno passo no escuro, o que eu chamaria de ato de fé. E esse passo é a crença de que o Universo, e tudo que nele há, é compreensível e modelável em forma de equações e teorias. Sem esse pequeno passo, nós não poderíamos fazer ciência, também acredito que o boom da ciência só ocorreu no ambiente europeu devido à compatibilidade entre essa crença e cultura europeia da época. Para ser mais claro, o que eu estou querendo dizer é que não se pode provar cientificamente que o Universo é regular e inteligível, pois é necessário tomarmos isso como verdade para poder fazer ciência, e novamente seria uma falácia de argumento circular.
 
Dito tudo isso, podemos então dizer que existe sim conhecimento útil que não se deriva de dados científicos, caso contrário, a própria ciência não existiria. No próximo post eu gostaria de falar sobre as “verdades” e as “provas” científicas. Será que elas não têm sido superestimadas pela sociedade, mídia e até mesmo pelos próprios cientistas?
 
Abraço a todos, que Deus os abençoe!

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Radiometer_9965_Nevit.gif

sábado, 26 de janeiro de 2013

Anotações particulare 8

Evangelho segundo Mateus, capítulo 8 - Algumas curas

O capítulo inicia com um leproso indo a Jesus pedir para ser curado. O texto conta que este homem adorou Jesus antes de fazer o pedido. Ele reconhecia que ali estava Deus encarnado, afinal todo judeu sabe muito bem que o único digno de adoração é Deus. Cristo então, tocando-o, diz "sê limpo" e o homem foi curado. É interessante que Jesus inicie seu ministério de cura retirando a lepra de um homem, pois a lepra é um símbolo para pecado na bíblia, e realmente o propósito da obra de Cristo é nos curar do pecado que existe em cada um de nós. Jesus então diz para o ex-leproso se apresentar ao sacerdote e fazer a oferta, como manda a lei judaica.

A próxima cura Ele realiza à distância, a pedido de um centurião romano, demonstrando poder e autoridade. Cristo se surpreende com a fé do centurião e diz que viriam muitos de todas as nações se assentarem com Abraão, Isaque e Jacó. Deus está chamando todas as pessoas para estar em comunhão com ele, e a fé é o único requisito.

O texto conta que muitos enfermos foram levados a Jesus e ele curou TODOS os enfermos. Diferente de muitos por aí que dizem curar em nome de Jesus, que tem diante de si uma congregação enorme de enfermos, mas apenas um ou outro são "curados". É preciso ter em mente que tudo que Deus faz tem um propósito, as curas e milagres que Jesus realizou durante seu ministério aqui na terra tinham o propósito de demonstrar suas credenciais, para que todos crescem ou pelo menos ficassem indesculpáveis por não crer. Hoje em dia não devemos procurar Cristo apenas para curar nosso câncer, gripe ou olho de peixe, isso seria um motivo mesquinho. Buscamos Cristo porque ele nos buscou, nos amou, deu a sua vida por nós e quer que vivamos a vida eterna com ele em uma grande família.

Jesus e seus discípulos então pegam um barco e vão à província dos gadarenos, mas no percurso são pegos por uma tempestade. Jesus repreende o mar e os ventos, encerrando a tempestade. Já em terra, vieram ao encontro de Jesus dois endemoninhados, que incomodavam a região. Eles reconhecem Jesus como Filho de Deus. Afinal o diabo sabe muito bem quem Jesus é. Então Cristo expulsa os demônios, livrando aqueles dois homens. O povo da região, em vez de ficarem gratos, pediu que Cristo se retirasse da cidade. É isso que o homem normalmente quer, que Jesus vá para longe, afinal quando se está diante da santidade, todos nossos defeitos são ressaltados. Mas Jesus não veio nos condenar por nossos defeitos, mas nos perdoar e nos dar uma nova vida.

A este Jesus, Senhor meu e Deus meu, seja toda adoração, honra e poder, amém.

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Backhuysen,_Ludolf_-_Christ_in_the_Storm_on_the_Sea_of_Galilee_-_1695.jpg

sábado, 19 de janeiro de 2013

Anotações Particulares 7

Evangelho segundo Mateus - capítulo 7 - Sermão no monte (final)
 
O capítulo se inicia com a famosa declaração de Jesus "Não julgueis, para que não sejais julgados". Muitos esquecem a continuação e acabam não entendendo o que Cristo quer dizer. Ele está dizendo para não julgarmos pela aparência, pelo status social, cor da pele, ou seja, julgar injustamente. Porque se julgarmos injustamente, seremos julgados da mesma maneira. O julgar com justiça é algo extremamente recomendável, afinal Deus não tem parte com injustiça, Ele é justo.
 
Então Ele fala sobre o cisco e a trave nos olhos, o que tem tudo a ver com a parte anterior, pois julgamos os mínimos erros das pessoas, mas ignoramos nossos grandes erros. Pura hipocrisia. Busquemos conhecimento e amadurecimento em nossas vidas com Cristo, sem tentar transformar os irmãos na força. Quando aperfeiçoamos em nós o amor, este por si só constrange as pessoas de seus erros. O que tem também tudo a ver com o próximo ensinamento, sobre dar pérolas aos porcos. Devemos dar o que temos de melhor a quem esteja querendo e preparado para receber. Se tentar dar sabedoria ao um tolo, você terá arranjado um inimigo.
"Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á". Que promessa maravilhosa que Cristo nos deu! Todos que realmente desejam conhecer a Deus conhecerão, o que buscar encontrará, o que pedir receberá, e o que bater na porta ela se abrirá. Deus não rejeitará ninguém que realmente quer estar com Ele. Sendo nós maus, sabemos dar boas coisas, quanto mais Deus que é plenamente bom! Busquemos então dar aos outros o que gostaríamos de receber, pois assim se cumpre a lei e os profetas, ou seja, todas as "regras" de Deus é que amemos uns aos outros, o que está fora disso não vem de Deus.
Muitos dizem por aí falar em nome de Deus, de deuses, das energias místicas, etc. Portanto há praticamente infinitos caminhos a se seguir, mas apenas um leva a Deus, e este caminho é Jesus Cristo. Não é nenhum homem, religião, ritual, prática religiosa. Apenas Jesus é o caminho da vida. Por isso Ele diz que o caminho é estreito. Devemos, pois, nos acautelar dos falsos mestres por aí. Aquele que diz ter o Pai (Deus), mas nega o Filho (Jesus), na verdade não tem o Pai. E nem todo que professa o Filho está no Filho. Muitos usam o nome de Cristo pra atrair pessoas para si. Estes professam Cristo, mas nem conhecem Cristo.
Por fim, todo aquele que escuta as palavras de Jesus e as aplica, está seguro como casa edificada na rocha. Mas todo aquele que as ouve e não as pratica, não está seguro, qualquer ventinho ou chuvinha o derruba. Permaneçamos firmes na fé e amor de Cristo, seguros de nossa salvação.
Graças a Deus por nos enviar seu único Filho, abrindo as portas do céu para todo aquele que crê. Glória e louvor a este Deus maravilhoso, amém.
Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Holy_bible.jpg

domingo, 13 de janeiro de 2013

Fazer o que? Isto é evolução Baby!

Eu estou à frente, eu sou o homem
Eu sou o primeiro mamífero a vestir calças, yeah
Eu estou em paz com minha luxúria
Eu posso matar porque em deus eu confio, yeah
Isto é evolução, baby

Eu sou uma besta, eu sou o homem
Tinha ações no dia em que a bolsa quebrou, yeah
Eu sou um caminhão, à solta
Todas as colinas rolando, eu as achatarei, yeah
Isto é comportamento em rebanho, uh huh
Isto é evolução, baby

Me admire, admire minha casa
Admire meu filho, ele é meu clone
Yeah, yeah, yeah, yeah
Esta terra é minha, esta terra é livre
Eu farei o que quiser embora irresponsavelmente
Isto é evolução, baby

Eu sou um ladrão, eu sou um mentiroso
Aqui é minha igreja
Eu canto no coro (interlúdio do coro: aleluia)
Aleluia, aleluia

Me admire, admire minha casa
Admire minha canção, admire minhas roupas
Pois nós conhecemos o apetite para um banquete noturno,
Esses índios ignorantes não tem nada comigo
Nada, por quê?
Porque: isto é evolução, baby!

Eu estou à frente, eu sou desenvolvido
Eu sou o primeiro mamífero a fazer planos
Eu rastejei na terra, agora estou mais alto
2010, assista isto ir para o fogo!
Isto é evolução, baby (2x)
Faça a evolução
Vamos, vamos, vamos...
 
Música "Do the Evolution" da banda Pearl Jam. Tradução retirada do site Vagalume, link abaixo, com algumas modificações.

Fonte da Imagem: http://www.humordarwinista.com/2010/10/capitalismo-matriz-logica-do-darwinismo_24.html
Link: http://www.vagalume.com.br/pearl-jam/do-the-evolution-traducao.html#ixzz2Hqcb5JLz

sábado, 5 de janeiro de 2013

Reflexões sobre a ciência

O que é ciência e qual seu escopo?

Gostaria de falar um pouco sobre ciência, e acredito que isso leve mais do que um post, mas será algo espontâneo e quero que seja assim, portanto não sei dizer quantos posts vou escrever sobre esse assunto.

Inicialmente eu gostaria de dizer que me interesso muito por ciências, no colegial as matérias de física, química e biologia eram minhas preferidas, e sou estudante de Engenharia Elétrica. Portanto não sou um cientista, mas uma pessoa que gosta e acompanha as descobertas científicas. Lembrando também que Charles Darwin era teólogo e hoje é considerado um grande cientista, acredito que um leigo como eu também pode falar sobre ciência.

Mas afinal, o que é Ciência? Ou o que quero dizer por Ciência?

Acredito que o conceito que tenho de o que é ciência veio do que os melhores professores que tive me ensinaram. A ciência seria uma tentativa do homem de modelar os eventos da natureza, de forma que sejam buscados os modelos que melhor se aproximam do evento em si. Dessa forma a ciência não é a busca da Verdade ou mesmo de alguma verdade, mas de teorias e equações que mostram um poder de previsão para algum evento, ou a melhor explicação para um fato. Acho que esse conceito, aceito por muitos cientistas, desmitifica muito a ideia de que a ciência são revelações da Verdade, ou descrições exatas da realidade. 

A partir desse conceito, podemos encontrar qual é o escopo da ciência, ou seja, quais assuntos fazem parte de sua investigação. A ciência busca entender os eventos da natureza, em termos físicos, químicos, biológicos e a interação destes. Dessa forma, a ciência nos tem muito a dizer sobre os astros, ondas eletromagnéticas, elementos químicos que formam a natureza, funcionamento biológico e bioquímico dos organismos, etc.. A ciência tem pouco ou nada a dizer sobre beleza, sentimento, moral, espiritualidade, propósito , etc..

Um problema grande a meu ver é quando a ciência quer opinar sobre assuntos fora de seu escopo, por exemplo tentando reduzir coisas que fogem à ciência, ao funcionamento de seus elementos básicos. É como tentar explicar o conteúdo de um livro usando as propriedades do papel e da tinta. Obviamente isso seria um fracasso. 

A ciência é uma ótima forma de se conquistar conhecimento mas não é a única, também ela depende de uma base de conhecimentos prévios. Mas deixo esse assunto para ser tratado no próximo post.

Abraços a todos! Paz e graça estejam sobre vocês!

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Filamento_incandescente_de_una_bombilla.jpg