sábado, 9 de fevereiro de 2013

Anotações Particulares 9

Evangelho segundo Mateus – capítulo 9 - Deus, milagres e os religiosos
 
O capítulo inicia com um paralítico sendo trazido a Jesus. É importantíssimo notar que Cristo viu a FÉ deles, então disse que os pecados do paralítico estavam perdoados. Repare a sequência dos fatos, tendo ele fé os pecados dele foram perdoados. É simples assim, creia que Jesus é o Filho de Deus, que morreu pelos nossos pecados, ressuscitou, então seus pecados serão perdoados pelo próprio Cristo.
 
Repare também a reação dos religiosos ao ver essa cena. Eles disseram que Jesus blasfemava. Todo religioso é assim, pelo simples fato de seguir um monte de regras, viver uma vida aparentemente correta, justa, ele quer perdão só pra si, quer salvação só pra si, quer a verdade só pra si, o favor de Deus só pra si. Perceba que a religião não leva a Deus, afinal Deus é amor, misericórdia, perdão, reconciliação. Então Jesus, para mostrar que tem autoridade para perdoar, disse ao paralítico que levantasse e fosse pra casa, e assim ele o fez, sendo então curado.
 
Agora Jesus está à mesa com judeus pecadores e cobradores de impostos para os romanos, considerados traidores pelos judeus religiosos, e estes voltam de novo com todo aquele julgamento religioso: “Como alguém que se diz enviado de Deus se senta com pecadores e publicanos?”. Jesus então diz que veio para os doentes e não para os sãos. Não que os religiosos fossem sãos, mas o ato de reconhecer-se doente, ou seja, pecador, é um passo importantíssimo para perceber o quanto precisamos de Cristo. Enquanto os religiosos não se consideram pecadores, estão certamente mais longe de Deus do que as pessoas que são mais honestas consigo mesmas. Jesus então diz a eles: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.”
 
Agora os discípulos de João batista perguntam a Jesus qual o motivo dos seguidores de Cristo não jejuar. Existe muita confusão relacionada a jejum por aí. Jesus de cara já explica que jejum está vinculado à tristeza. Enquanto temos Jesus conosco, temos alegria, afinal o nosso Salvador tão querido e esperado está entre nós. Sendo assim não nos é necessário jejuar. Talvez até seja válido jejum em momentos de extrema tristeza, que todo mundo experimenta, mas mantendo em mente que o foco é Cristo, e que nossa tristeza é resultado da falta de confiança em Deus. Afinal Ele é o Todo Poderoso, Sábio, Eterno, enfim, Ele sabe o que está fazendo, mesmo que a gente não entenda.
 
Jesus responde aos discípulos de João que não devemos colocar remendo de pano novo em roupa velha, nem vinho novo em odre velho. Ele está dizendo que não devemos misturar a novidade que Cristo estava anunciando, as boas novas, com os velhos costumes judaicos. Estes costumes estavam sendo feitos obsoletos por Jesus, e tentar mantê-los iria atrapalhar mais do que ajudar. Isso é algo que traz muita confusão nos meios religiosos que se dizem cristãos. É uma mistura de Evangelho, costumes e leis judaicas, tradições de homens, isso quando não são adotados elementos da Umbanda, bruxaria, misticismo, etc. E o principal, que é o amor incondicional de Deus por nós, a obra salvífica de Cristo, as boas novas que soam realmente boas, são deixados de lado.
 
Jesus então realiza uma séria de curas, e até ressuscita uma menina. Sempre destacando a fé daqueles que se achegam a Cristo e recebem a cura. É importante lembrar que Jesus viveu ainda na época da antiga aliança, onde a maioria das coisas são simbolismos de algo futuro melhor e eterno. As curas e milagres que Cristo realizava, além de demonstrar suas credenciais, eram uma figura de uma cura melhor e eterna que Jesus realizaria com sua morte e ressurreição, a cura do pecado e o dom da vida eterna. Não devemos busca-lo então apenas com o propósito de uma cura simbólica, mas da cura eterna que nos concede uma nova vida que não conhecerá a morte, ou seja, o perdão dos pecados e a salvação.
 
Os religiosos novamente reagem negativamente aos milagres de Jesus, dizendo que ele expulsa demônios através do príncipe dos demônios, e não por ser enviado de Deus. Aquele que se acha santo, justo, religioso, quando vê um pecador se dando bem, sempre julga que o benefício foi o diabo que deu e não Deus. Mas lembremos de que Deus é o criador de todas as coisas, então tudo pertence a Ele. O diabo não tem nada, nunca criou nada, nem tem poder ou criatividade para esse tipo de coisa, a única coisa que ele inventou é a mentira.
 
Jesus se compadece do povo, por estar tão perdidos e desgarrados, como ovelhas sem pastor. E hoje a situação é a mesma, talvez pior. Roguemos então a Deus que envie mais ceifeiros, pois a seara é grande.
 
A este Deus seja todo nosso amor, carinho, reconhecimento, gratidão, eternamente, amém.
 

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