sábado, 29 de dezembro de 2012

Anotações Particulares 6

Evangelho segundo Mateus - Capítulo 6 - Sermão no monte (continuação)
 
Jesus agora continua seu discurso com alguns conselhos de como deve ser a nossa "religião", ou seja, compara o comportamento do religioso com o comportamento que agrada a Deus. Ele fala sobre não dar esmolas em público ou orar em público, mas faze-lo em secreto. Isso tudo ensina que não devemos buscar uma reputação de religiosos, mas buscar a Deus em sinceridade e humildade de coração. Os religiosos viam Jesus como um comilão e beberrão, mas nunca passou pelo mundo um homem tão próximo de Deus.
 
Em seguida ele passa a ensinar a orar, dizendo para não usarmos vãs repetições. Isso de cara me remete aos mantras orientais, e também aquele tipo de tradição que manda o fiel rezar 10 ave-marias, 20 pai-nossos e etc.. Esse tipo de oração é vã, pois no fim a pessoa não está nem consciente do que está falando, mas fica repetindo até aquilo ficar automático. Cristo diz que Deus já sabe o que precisamos antes da gente pedir, imagina um filho que fica pedindo algo ao pai, repetindo e repetindo, achando que assim o pai vai atender, não é algo muito irritante? Não devemos agir assim com Deus então.
 
Jesus agora, nos ensinando a orar, nos dá o exemplo orando o que chamamos de pai-nosso. Nota-se que é uma oração breve, glorificando o nome de Deus, e pedindo apenas o necessário, nada de dinheiro, riquezas, emprego, abundância material etc.. Temos aqui um bom exemplo de como orar a Deus e o que esperar de Deus: que seja feita a vontade de Deus, que Ele nos dê o pão de cada dia, que Ele nos perdoe e que nos livre do mal.
 
Continuando os conselhos, Jesus diz que devemos perdoar aos homens e também que não devemos aparentar estar jejuando, para receber reconhecimento dos homens. Então ele fala sobre ajuntar tesouros no céu, pois é lá que deve estar o nosso coração, e não nos tesouros da terra. Isso porque não podemos buscar as duas coisas, temos que escolher ou Deus ou as riquezas desse mundo.
 

Deus cuida da alimentação e das vestes dos animais a plantas da natureza, quando mais a nós que somos filhos de Deus. Busquemos então primeiramente o reino de Deus e a sua justiça, pois Deus está cuidando do que temos necessidade.
 
A este Deus maravilhoso, e a seu Filho Jesus, sejam dadas toda honra, glória e louvor, amém.
 

sábado, 22 de dezembro de 2012

Anotações Particulares 5

Evangelho segundo Mateus - Capítulo 5 - Sermão no monte.

Este capítulo se inicia com Jesus falando as famosas “bem-aventuranças” e o que eu acho interessante é que logo de cara Jesus ensina algumas coisas opostas ao que muita religião por aí ensina. Por exemplo, Cristo diz que é bom ser pobre de espírito, o que significa não desejar riquezas, vitória financeira, não ostentar, ou seja, ser humilde e desapegado aos bens materiais como Ele próprio foi. E depois ele segue ensinando valores opostos às coisas que o mundo dá valor, o que é de extrema importância para se conhecer o caráter de Cristo, que é chave para o entendimento tanto da bíblia quanto de tudo que se vê no mundo.

Então Jesus fala sobre sermos sal da terra e eu acho isso um pouco difícil de entender. Mas sei que o sal em sua utilidade deve ser misturado com o restante da comida, para então salgar toda comida e deixa-la agradável ao paladar. Assim como o cristão não deve se isolar do mundo, mas conviver com todo tipo de pessoa, para que essa pessoa também receba desse sal.

Jesus fala também sobre sermos luz do mundo e a luz serve para afastar as trevas, mostrar o caminho por onde se deve andar. Mas a luz também tem outra característica interessante, pois quando está escuro não sabemos o que está sujo e o que está limpo, mas quando iluminamos o ambiente aí a sujeira aparece. É assim que deve ser um cristão diante do pecado, onde a presença do cristão expõe o pecado que existe nas pessoas,e isso é muito importante pois o primeiro passo para uma conversão genuína é a consciência do pecado. Por isso o cristão não deve esconder sua fé, mas coloca-la num ponto alto onde possa iluminar muitas pessoas.

Agora Jesus diz que não veio cancelar a lei, mas cumpri-la, e diz também que nada se omitirá da lei que não seja cumprido. Isso é maravilhoso, pois aqui ele deixa claro que ele veio cumprir a lei e não falhará em cumpri-la! O que faz dele justo diante de Deus, e todo judeu na época de Jesus conhecia bem as palavras das escrituras que diziam “E dei-lhes os meus estatutos e lhes mostrei os meus juízos [a lei], os quais, cumprindo-os o homem, viverá por eles.”, sendo Jesus o único que cumpriu toda a lei, também é aquele que ressussitou  e hoje vive! Cristo diz então que aquele que cumprir os mandamentos e os ensinar, eu seja, ele mesmo, será chamado grande no reino dos céus.

Cristo agora vai nos mostrar o quanto o homem é incapaz de ser bom. Ele diz que aquele que se ira contra alguém é igual a um homicida, diz também que é mais importante estar em paz com as pessoas do que ser religioso, ele fala que aquele que olha com cobiça para uma mulher é um adúltero, e quem se divorcia faz que a pessoas seja adúltera. Jesus também diz para não fazer juramento, mas ser responsável pelo que fala, diz que não devemos ser vingativos, não devemos resistir ao ladrão, mas dar a ele tudo que ele quiser, nem fugir do que pede emprestado, e também devemos amar nossos inimigos e desejar o bem deles. Ou seja, devemos ser perfeitos para sermos aceitos diante de Deus.

Bom, pelo jeito está todo mundo perdido então, afinal ninguém é perfeito. É isso que torna mais importante o parágrafo anterior, pois sendo Cristo perfeito diante de Deus, se ofereceu a si mesmo como sacrifício a Deus para pagamento dos nossos pecados, sendo que pela fé temos o perdão de Deus. A este Deus, e a seu Filho Jesus, sejam dadas glória, honra e louvor pelos séculos dos séculos. Amém.

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bental.JPG

sábado, 15 de dezembro de 2012

Deus e as religiões

Uma coisa muito curiosa que existe no mundo são as inumeráveis religiões, cada uma com seu Deus, ou deuses, ou entidades, ou a ausência deles, e também com ensinamentos, preceitos, doutrinas, regras, etc.

Eu acredito que tudo isso é uma grande prova da existência de Deus, afinal no fundo cada religião reconhece a existência de algo superior, mas cada uma com sua maneira de tentar se religar a esse algo. Antes que alguém pense que eu sou um relativista religioso, afirmo que não estou dizendo que todas as religiões levam a Deus, mas estou dizendo que cada religião é o homem reconhecendo que existe um Deus e a tentativa de se relacionar com esse Deus.
 
Podemos dizer que genericamente as religiões são a tentativa do homem de fazer algo para receber o favor de Deus, ou para merecer estar na presença de Deus. Mas o que será que Deus pensa de cada uma dessas religiões? Será que Deus aprova alguma delas? Eu diria que certamente Deus não aprova nenhuma delas. E para ilustrar esse fato vou descrever duas situações, uma representando as religiões e a outra representando Deus:
 
Imagine-se como alguém no fundo de um poço bem fundo, afinal todos nós estamos nesse mundo cheio de maldade, morte, sujeitos a todo tipo de perigo. E a sua vontade é sair desse poço, ir para um lugar melhor, com luz, calor, alimento, o que representa o céu ou a presença de Deus.
 
As religiões seriam então como um mestre de escalada lá em cima na boca do poço gritando pra você “tente subir, você consegue, se esforce mais, acredite em si mesmo, tente desse jeito, tente desse outro jeito...”, e você lá, com muito esforço, consegue subir um pouquinho e se cansa e desce tudo de novo, e passa a vida toda tentando sem saber se um dia vai conseguir.
 
Já Deus age da seguinte forma, Ele estava lá em cima no conforto, quentinho, alimentado, afinal é Deus, Ele então abriu mão de tudo isso, mesmo sendo Deus ele desceu para o fundo do poço onde você está, então ele te estende a mão e diz “quer subir? Eu te levo para cima, não precisa ficar se esforçando em vão”. Então você escolhe se quer ou não ir com Ele.
 
Isso sim é Deus, pois é amor, misericórdia, graça, bondade, paz, carinho, zelo. Essa é a mensagem do Evangelho, afinal Evangelho significa “boas novas” ou “boas notícias”, e a boa notícia tem que ser realmente boa.
 
E então, quer subir?
EU QUEROOOO!!!
 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Anotações particulares 4


Evangelho segundo Mateus, capítulo 4 – Cristo é tentado e inicia seu ministério
O capítulo inicia dizendo que o Espirito de Deus conduziu Jesus ao deserto para ser tentado, isso pode parecer estranho, mas novamente é para que seja cumprida toda justiça em Cristo. Pois de que valeria dizer que Cristo era sem pecado se ele também não fosse tentado?
E então Jesus é tentado três vezes pelo diabo, em três áreas diferentes que acho interessante anotar; Jesus primeiro foi tentado pelas necessidades básicas, no caso a fome; depois Jesus é tentado a forçar uma situação para receber uma promessa das Escrituras; e em terceiro lugar Jesus é tentado a receber poder e domínio caso adore o diabo.
O primeiro ponto a destacar é que Jesus respondeu a todas as tentações usando passagens das Escrituras, ou seja, ele está atestando que o Antigo Testamento é inspirado por Deus e também ele está nos ensinando uma forma eficiente de vencer as tentações. É interessante notar que o diabo também usou as Escrituras para tentar Jesus. Será que não é isso que muitos fazem por aí, usando a Bíblia e a Cristo para enganar as pessoas?
Depois de ser tentado, Jesus é servido pelos anjos e ele então se dirige a Cafarnaum para iniciar seu ministério. Lá ele começa a pregar o Evangelho do Reino, que seriam as boas novas para os judeus, anunciando a chegada do Rei que eles tanto esperavam. Ele então vê alguns pescadores, e Jesus indo até eles os chama e eles o seguem.
É isso que Jesus faz até hoje, é ele que vai atrás do pecador e o chama para fazer parte do seu reino. E se a pessoa quiser, basta seguir a Jesus. Se alguém quer seguir Jesus, não precisa com seus esforços ir até ele, ele vem até você; não precisa se purificar antes de segui-lo, pois é ele que o purifica; não precisa se justificar para poder seguir Jesus, é ele que o justifica. Cristo está pronto a receber o pecador arrependido.
A este Cristo, o Filho de Deus, seja dada toda glória, honra, majestade e domínio eternamente. Amém.
Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Immenraet_Temptation_of_Christ.JPG

sábado, 1 de dezembro de 2012

Anotações particulares 3

Evangelho segundo Mateus, capítulo 3 - João Batista e o batismo de Jesus

Algumas profecias do Antigo Testamento falam que Deus um dia iria estabelecer um reino eterno, que não seria destruido, que venceria todos inimigos, um reino dos céus e consequentemente, um Rei. Agora vemos João Batista anunciando para os judeus que este reino é chegado, e que as pessoas deveriam se arrepender de seus pecados. Ele estava reconhecendo a vinda desse Rei prometido, o Rei que seria rei para sempre.

É um detalhe curioso a descrição das roupas e costumes de João Batista. Mas todo judeu sabe bem o que isso significa, pois esses eram as roupas e costumes de Elias, um profeta judeu muito importante. João Batista foi então o cumprimento da profecia de Malaquias 4:5, onde diz que Elias seria enviado por Deus para converter as pessoas dos seus maus caminhos. E isso aqui nada tem a ver com reencarnação, como alguns dizem. A profecia de Malaquias apenas queria dizer que viria alguém do calibre de Elias.

O batismo ministrado por João batista tinha um significado simbólico de iniciar uma vida nova, passando pela água que é simbolo de purificação e do Espirito Santo. Também a confissão dos pecados, o que é muito importante pois a pessoa que se reconhece pecadora sabe que precisa de um Salvador.

O contrario disso eram os religiosos da época, os fariseus e saduceus, que se achavam puros e santos, como se não pecassem. A esses João Batista chama de raça de víboras, e começa um sermão muito interessante. Ele usa a palavra "fogo" três vezes, e quem não percebe isso pode acabar gerando uma confusão.

Primeiro ele diz que a árvore que não produz bom fruto será cortada e lançada no fogo, ou seja, sofrerá condenação. Depois ele diz que virá alguém mais poderoso que ele, que batizaria as pessoas com o Espirito santo, e com fogo. E por último ele diz que este recolherá o trigo no celeiro, e a palha ele queimará com fogo.

Acho que ficou bem claro o que ele quer dizer com esse fogo que ele cita três vezes. Obviamente ele está falando de condenação, o que Jesus mais pra frente chama de lago de fogo. Muitos acham que o batismo no fogo é o mesmo que batismo no Espirito Santo, mas no contexto fica bem claro que uma coisa é o batismo no Espírito Santo, simbolizado pela água por João Batista, e outra coisa é o batismo no fogo que é a condenação dos que não crêem.

Por fim, o próprio Jesus quer ser batisado por João, e este se opõe com certa razão, o batismo de João era para arrependimento e Cristo não tinha pecado e não tinha do que se arrepender. Mas Jesus explica que é necessário cumprir toda justiça.

Cristo é Deus que se fez homem, e cumpre toda justiça que nós homens deveriamos cumprir mas não conseguimos, se fazendo assim cordeiro perfeito e imaculado e voluntariamente sofrendo a condenação que merecíamos. A este Cristo, e ao seu Pai, sejam dadas toda glória, honra, louvor e adoração eternamente, amém.

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gospel_of_John_Chapter_1-3_(Bible_Illustrations_by_Sweet_Media).jpg

sábado, 24 de novembro de 2012

Será que você quer mesmo justiça?

Uma das objeções que sempre ouço em relação ao Evangelho da Graça é a de que não seria justo, afinal se uma pessoa passa a vida toda matando, roubando, estuprando e etc., e essa pessoa em algum momento da sua vida passar a crer em Cristo, ela iria para o céu. A impressão que dá é a de que não existe nenhuma espécie de justiça cósmica, onde as pessoas paguem pelos seus erros, já que a salvação é gratuita por meio da fé, e muitas pessoas se sentiriam injustiçados se a salvação for realmente dessa forma. Mas será que você quer mesmo justiça?

Eu vou propor então um novo modelo de justiça, tentando ser o mais justo possível, e vamos ver o que aconteceria. Imagina que num país fictício a justiça fosse da seguinte forma; todo erro que você cometer você é obrigado a pagar por ele, dessa forma provavelmente se alguém cometer um furto, justo seria que seus bens também fossem “furtados”, confiscados de alguma forma; se uma pessoa cometer um assassinato, justo seria que essa pessoa morresse; aquele que estuprasse poderia ter seu pênis retirado. Até aqui parece que seria boa essa justiça, mas vamos continuar. Se alguém cometer adultério perderia o cônjuge e todos os seus bens; a pessoa que mentir deveria ter a língua cortada fora; e quem agredisse outra pessoa seria açoitado e espancado. Agora está ficando meio estranho, mas a ideia não é ser justo? Erro é erro e deve ser punido, mas vamos ver aonde isso vai dar. Se a pessoa olhar com cobiça para a mulher de outro deveria ter os olhos arrancados; aquele que julgar pela aparência deveria ser desfigurado; e a pessoa desejar dentro de si que algo de ruim aconteça para outros? Deveria ter o cérebro tirado?

Parece que a justiça plena se tornou impraticável, afinal quem nunca olhou e desejou alguém? Ou quem nunca pensou mal de outra pessoa? Quem nunca mentiu? A gente às vezes não se dá conta, mas essas coisas também são erradas, e se é pra ser justo todo mundo seria punido. Mas justiça é justiça, e ela deve ser executada, não é mesmo?

Agora com essa nova consciência, a de que todos são merecedores de condenação, o Evangelho da Graça se torna totalmente atraente, afinal o Deus revelado na bíblia é o Deus que justifica o ímpio (Rm 4:5), e Jesus, Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus (2Co 5:21), De maneira que a lei nos serviu de aio [babá], para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados (Gál 3:24), Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus (Rom 3:24).

Será que você quer mesmo justiça?
Eu quero graça!

Em Cristo Jesus nosso Salvador, graça e paz a todos!

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:JudgesTools.JPG

sábado, 17 de novembro de 2012

Anotações particulares 2

Anotações sobre o capítulo 2 do Evangelho segundo Mateus - Os reis magos e a fuga para o Egito

A primeira coisa que me chama a atenção neste capítulo é que não diz em nenhum lugar que eram três reis magos, apenas diz que uns magos (no sentido de sábios) vieram do oriente. Nos outros evangelhos também não é falado que eles eram três pessoas.
Outra coisa interessante é a noção de como as profecias messiânicas judaicas eram conhecidas entre outros povos. Os judeus foram feitos servos de muitos povos no passado antes de Cristo, e levados em cativeiro muitas vezes. Certamente os verdadeiros profetas e os servos do Senhor propagavam a mensagem messiânica aos povos, e muitos creram.
É interessante que a primeira coisa que os reis magos fizeram ao encontrar Jesus foi adorá-lo, algo que apenas Deus pode receber. E não podemos dizer que eles adoraram Jesus contra a vontade de Deus, afinal o próprio Deus os avisou do lugar do nascimento de Cristo, e também disse a eles que não voltassem pelo caminho que vieram, para junto de Herodes. Sendo assim, Cristo é Deus e digno de nossa adoração. 
Herodes, quando percebeu que os reis magos não voltariam, mandou matar os meninos de até dois anos. Isso mostra que a noção comum de presépio de natal está equivocada, afinal Jesus já tinha uns dois anos quando os reis magos chegaram a Belém, que foi o tempo que eles levaram para vir do oriente.
Outro detalhe que chama a atenção neste capítulo é a quantidade de profecias cumpridas nesses acontecimentos:
1)o nascimento do Cristo em Belém de Judá;
2)a viagem de Jesus do Egito à Israel;
3)a lamentação pelos meninos mortos;
4)Cristo sendo chamado Nazareno. 
Esse detalhe é importante pois mostra que realmente Deus anunciou a vinda de Cristo pelas vozes dos profetas, e que Ele sabe desde o principio todas as coisas que iam e vão acontecer. Ele é o Deus todo poderoso, rico em sabedoria, bom, misericordioso e justo. A este Deus seja dada toda glória, honra e louvor eternamente. Amém.

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gospel_of_Matthew_Chapter_2-2_(Bible_Illustrations_by_Sweet_Media).jpg

sábado, 10 de novembro de 2012

Anotações particulares 1

Anotações sobre o capítulo 1 do Evangelho segundo Mateus - Genealogia e nascimento de Jesus.

O livro inicia dizendo que Jesus é filho de Davi. Uma objeção que poderia
ser feita é que Jesus não foi gerado de José, que é descendente de Davi,
e que Ele é filho apenas de Maria. A bíblia não revela claramente a
ascendência de Maria, mas muitos acreditam que a genealogia em Lucas 3
seria a de Maria, mostrando que Maria também é descendente de Davi.
Outros acreditam que Maria era da tribo de Levi, por ser prima de Isabel
que é filha de Arão.

Independente da ascendência de Maria, podemos ter certeza que Jesus é
descendente de Davi pela genealogia do José, afinal este já estava casado
com Maria antes mesmo dela conceber do Espirito Santo e, pela cultura
judaica, é a mulher que passa a ser da família do marido ao se casar.

Comentários sobre alguns nomes que aparecem na genealogia de Mateus 1:

"E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá" Mateus 1:3. Tamar era a nora
de Judá, que se disfarçou de prostituta e assim engravidou do Sogro.

"Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede" Mateus
1:5. Esta Raabe talvez seja a mesma prostituta de Jericó, e Rute é uma
estrangeira (Sendo que pela lei judaica, os judeus não deveriam casar com
estrangeiras).

"e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias." Mateus 1:6.
Davi e Bate-Seba cometeram adultério, pois ela era esposa de Urias.

Esse são alguns exemplos de que Jesus veio de uma família nada exemplar.
Acredito que Deus quis registrar essas coisas primeiramente para mostrar sua
maravilhosa graça e misericórdia. Em segundo lugar isso é uma boa
evidência de que a história de Cristo não foi inventada, afinal se alguém
quisesse inventar a história de um herói valoroso, honrado, justo,
certamente o teria feito numa família que compartilhasse esses valores.

Outro detalhe interessante deste capítulo é a referência ao livro de
Isaias, onde diz que Jesus seria chamado de Emanuel, que significa Deus
conosco. Mostrando que é biblicamente claro que Jesus é o próprio Deus,
digno de ser adorado, único Senhor e Salvador.

A este Jesus, o Cristo, seja toda a glória, honra e louvor eternamente,
Amém.

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bible_paper.jpg

sábado, 3 de novembro de 2012

O Banqueiro e o Servo


Um Banqueiro muito rico e bondoso tinha um Servo que cuidava de todos os seus bens e de toda sua fazenda, e ele o amava muito. O Servo não recebia dinheiro por seu serviço, porém o Banqueiro fornecia uma boa moradia, alimento em abundância e tudo o que o Servo precisasse.

Ele sempre alertou seu Servo para que não tomasse dinheiro emprestado no banco, e nunca contraísse dívida, pois se o fizesse teria dinheiro para viver independente, e assim não mais trabalharia para o Banqueiro e viveria do próprio sustento, e ainda teria uma dívida a pagar.

Mas certo dia o Servo percebeu que se nunca tivesse dinheiro nunca seria como o Banqueiro, dono de uma grande propriedade e muito rico, e que seria para sempre servo sem nenhuma chance de sair dessa condição. Por esse motivo o Servo foi ao banco, tomou dinheiro emprestado, e voltou para a fazenda do Banqueiro, mas se fechou em seu quarto e não saiu de lá.

No fim da tarde, quando o Banqueiro voltou para sua fazenda, ele percebeu que o Servo não estava cuidando da fazenda, e então saiu a procura-lo, já sabendo que o Servo tinha tomado dinheiro emprestado, pois ele sabe tudo o que acontece no seu banco. Ao encontrar seu Servo, o Banqueiro disse a ele que já não mais viveria em sua fazenda, e nem mais teria tudo o que precisasse, mas viveria do próprio dinheiro o do trabalho. Disse também que seria justo ele cobrar a dívida quando ele quisesse, mas que esperaria um tempo por amor ao Servo, porém quando ele viesse cobrar seus devedores, os que não pudessem pagar seriam condenados por suas dívidas.

E assim o Servo saiu da presença do Banqueiro, e foi procurar trabalho para se sustentar e pagar sua dívida. E durante sua vida o Servo teve filhos e filhas, que também tiveram filhos e filhas, e tomaram mais dinheiro emprestado nos momentos de dificuldade, se endividando mais e mais. Mas o Banqueiro, por amor de seu antigo Servo e de sua família, era longânimo e paciente, e não cobrava a dívida.

O Banqueiro tinha um único Filho, e este também era muito rico. Este Filho também amava o Servo e sua família, e por ter se compadecido deles decidiu dar toda riqueza que tinha para pagar a dívida deles e traze-los de volta para sua fazenda. Então o Filho do Banqueiro abriu mão de tudo que tinha e pagou a dívida do servo e de sua família, e então mandou seus próprios servos anunciar a toda aquela família que a dívida tinha sido paga, e que eles apenas deveriam busca-lo para receber o penhor da quitação da dívida.

Ao ouvir essa notícia, muitos dos da família do servo não acreditaram, pois não conheciam o Filho do Banqueiro e nem o amor que este os amava, e não foram ao encontro do Filho. Outros acreditaram, mas estavam tão ocupados com seus afazeres que deixaram para depois. Mas também houve aqueles que acreditaram e foram correndo em busca do Filho do Banqueiro, e receberam o penhor da quitação, podendo viver em paz, pois já não deviam nada ao Banqueiro.

E assim o Filho do Banqueiro continuou enviando seus servos, para tentar convencer a todos que eles deveriam busca-lo. Até que um dia, quando ninguém esperava, o Banqueiro resolveu cobrar a dívida daquela família, pois já havia esperado demais, e era justo que todos os devedores pagassem suas dívidas. Sendo que ninguém daquela família tinha dinheiro para pagar a dívida, muitos foram condenados, mas os que buscaram o Filho do Banqueiro, e garantiram o penhor da quitação, foram recebidos de volta na fazenda do Banqueiro, onde um grande banquete havia sido preparado para eles, e moraram lá em paz e alegria, eternamente com o Banqueiro e seu Filho, que os amavam muito.

Todos nós, seres humanos, somos pecadores e por isso temos uma dívida com Deus. Jesus Cristo, o Filho de Deus, abriu mão de tudo o que tinha e entregou a si mesmo para pagar nossa dívida com Deus. Creia na obra de Cristo, o busque o mais rápido possível, e receba gratuitamente o perdão de sua dívida!

domingo, 28 de outubro de 2012

O Replicador Mutante



Há bilhões de anos, numa sopa orgânica não muito distante daqui...

[Música do Star Wars]

Na alvorada dos tempos os dois deuses (Tempo e Acaso) viviam um
conflituoso romance cósmico. A terra, recém-formada, recebia diretamente
o impacto desse conflito amoroso, sendo então bombardeada com raios
ultravioleta, erupção de supervulcões, chuvas torrenciais e gigantescos
relâmpagos. A paixão e a ira dos deuses eram implacáveis.

A atmosfera redutora da terra, ao receber toda essa energia,
milagrosamente criava todo tipo de macromoléculas complexas, todas elas
inúteis, mas divinamente protegidas para não se dissolverem na água.
Cansados desse tédio de criar moléculas inúteis, Tempo e Acaso decidiram
usar seus poderes divinos e conceder a uma mísera molécula a capacidade
auto replicante. E assim, quase sem querer, surgiu o primeiro filho dos
deuses, o Replicador Mutante.

Como bom filho que era, a primeira coisa que o Replicador Mutante fez foi
desobedecer aos pais, e saiu criando cópias de si mesmo
desgovernadamente. Como as cópias também podiam se replicar, a coisa logo
perdeu o controle, e uma progressão geométrica de cópias passou a povoar
a pequena sopa orgânica. Com o processo desgovernado, muitas cópias saíram
com defeito, aparecendo pequenas diferenças entre os replicadores.

O meio então ficou povoado e os recursos escassos, e assim passou a haver
competição entre os replicadores. Para contornar o problema da escassez,
os deuses criaram um método de extermínio em massa, onde permanece vivo o
replicador que tiver as modificações mais adaptadas ao meio competitivo.
E assim ao longo de bilhões de anos, o Replicador Mutante foi se
modificando, se adaptando, passou a ser célula, ganhou funções novas,
outros decidiram juntar muitas células, com outras novas funções.

A afronta aos deuses parecia ter acabado. Mas Tempo e Acaso se
descuidaram de sua criação, e as muitas modificações e adaptações que o
Replicador Mutante sofreu acabaram gerando uma cópia capaz de destruir a
si mesma, as outras cópias e a própria terra. E este vil Replicador sou
eu que vos escrevo, também é você que está lendo, e tudo o que
chamamos de humanidade.

OBS: Esta fábula faz parte do cânon da religião naturalista, e deve ser respeitada como toda manifestação de fé.

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:DNA_methylation.jpg