quinta-feira, 6 de junho de 2013

Aborto

A mulher tem direito sobre seu corpo. Mas ela tem direito sobre seu feto?
 
O feto faz parte do corpo da mulher?
Não, o DNA do feto é diferente do DNA da mãe, o que caracteriza outro corpo.
 
O feto é um ser vivo?
Sim, o feto é dotado de células vivas, organizadas e funcionais.
 
O feto é a mesma coisa que um tumor?
Não, um tumor é composto por células do próprio corpo da pessoa e possui um crescimento desordenado, não gerando novos órgãos ou tecidos funcionais. Já o feto é dotado de células diferentes do corpo da mãe, possui crescimento organizado, gerando seu próprio corpo com órgãos e tecidos funcionais.
 
O feto é um ser humano?
Sendo o feto um ser vivo, com DNA humano completo e diferente do DNA da mãe, então o feto é um ser humano.
 
O feto tem consciência?
Sim, em determinado estágio da gestação o feto tem consciência, só não se sabe exatamente em qual estágio. De qualquer forma, sabemos que o feto, em algum momento, passará a ter consciência se não for interrompida a gestação por causas naturais ou artificiais.
 
Lembrando que todos nós um dia fomos um feto e, apesar de tudo, estamos muito contentes de nossas mães não nos ter abortado, por mais dificuldades que ela tenha passado na gravidez e na nossa criação.
 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Radioheadeando

Olá a todos!

Desculpem meu total abandono do blog, quem me conhece sabe que estou fazendo TCC, faltam duas semanas pra eu concluir o curso de Engenharia Elétrica.

Porém, essa semana eu consegui pegar meu violão por alguns minutos e decidi gravar uns sons só pra brincar. Disso saiu interpretações espontâneas das músicas Nude e How to Disappear Completely, as duas da banda inglesa Radiohead.

Espero que curtam, mas podem falar mal também sem problemas hehehhehehe




Fonte da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Radiohead.jpg

sábado, 20 de abril de 2013

Opiniões e respeito



Uma coisa que tenho aprendido nos últimos anos é não me chocar com as opiniões contrárias às minhas, não ficar revoltado e querer impor minhas opiniões, e também não julgar a pessoas como ignorante, retrograda, preconceituosa e etc.

Pelo contrario, tenho gostado de ouvir e conhecer todo tipo de opinião, gosto quando as pessoas argumentam e demonstram os motivos de suas opiniões. E assim eu sempre estou revendo as minhas próprias opiniões, se eu realmente perceber que estou errado eu mudo, não como um  maria-vai-com-as-outras, mas como alguém que quer aprender, crescer, amadurecer e aprender mais ainda.

E quem me conhece sabe que também estou sempre argumentando e defendendo minhas opiniões, mas não para convencer ninguém, muito menos constranger alguém, mas buscando essa troca de experiências, conhecimento, reflexões. Acabo entrando, ou até gerando, debates acalorados por causa desse meu jeito, mas se engana quem pensa que estou querendo "pregar" minhas crenças. Minha vontade é apenas gerar essa reflexão em mim e nas pessoas, pois quando alguém argumenta e defende suas opiniões, para isso ela teve que passar por uma auto-reflexão e buscar se realmente ela sabe o motivo de ter tais opiniões. E eu também faço o mesmo.

Eu acho que política, religião, futebol, ou seja lá o que for, se discute sim. Mas somente com esse propósito de gerar reflexões, aprender, compartilhar. Mesmo quando a questão é uma crença ou fé, acredito que o debate possa ser positivo, havendo obviamente respeito de todas as partes, afinal todo mundo tem crenças e a pessoa que diz que não tem talvez esteja precisando dessa auto-reflexão. Eu acho que não existe o mundo utópico do pleno empirismo.

Respeitar não é concordar, mas discordar não é ofender. É possível tratar com respeito mesmo discordando, ninguém deve ser mal tratado por ter a opinião que for, ou por estar enganada. Conhecimento usado para constranger é como um avião usado para fazer guerra. Que esse avião esteja sempre cheio de pessoas de diferentes lugares, opiniões, crenças, e todos em amor e respeito um pelo outro. As pessoas são únicas, suas experiências são totalmente particulares. Ninguém sabe o que o outro vive, pensa, sofre ou sofreu, como ele foi educado, ou tudo que já passou para chegar a ter tal opinião. Por isso não podemos julgar pela aparência.

Eu desejo que todos se amem, se respeitem, não se ofendam nem se machuquem, que troquem experiências, riem e chorem juntos, e que cada um seja o apoio para o outro subir e não o buraco para o outro cair. Como meu amado amigo Alê Lima disse “Não estamos sozinhos e temos que dividir nosso planetinha em 7 bilhões de partes iguais.”

Um grande abraço a todos!

Fonte da Imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Hands_of_love.jpg

sexta-feira, 29 de março de 2013

Anotações particulares 11

Evangelho segundo Mateus - Capítulo 11 - Sobre Jesus e João Batista
 
No início do capítulo João Batista está preso, então ele envia dois discípulos para perguntar a Jesus se ele é mesmo o messias. Cristo responde citandos os sinais que ele realizava. O propósito dos milagres de Cristo fica claro, eles eram para confirmar que Jesus realmente é o messias, para que as pessoas passassem a crer nele. Por isso entendo que os milagres não são para quem já crê, o que se confirma quando Paulo mesmo não é curado de seu espinho na carne. Para quem já crê, a graça de Deus é suficiente.
 
Jesus então passa a falar sobre João Batista, dizendo que ele era muito mais que um profeta, pois foi escolhido por Deus para anunciar a chegada de Cristo, porém o menor no reino dos céus é maior do que ele. Anunciar o Evangelho do reino dos céus é uma tarefa mais importante do que a de João Batista, pois é a única mensagem que realmente pode salvar as almas dos homens.
O mundo no geral não quer aceitar a mensagem do Evangelho, dando qualquer desculpa para rejeita-la, pois João Batista jejuava e as pessoas diziam que tem demônio, então veio Jesus comendo e bebendo e o chamavam de comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Jesus veio salvar os homens, mas também confrontar o ego das pessoas, por isso acredito que a única coisa que pode impedir alguém de se render à graça de Deus é o próprio orgulho.
Jesus passa então a falar das cidades nas quais operou sinais e milagres, mas as pessoas mesmo assim não creram. Olhem como a justiça de Deus é inquestionável, pois Jesus diz que cidades extremamente pecadoras (Tiro, Sidom, Sodoma) serão julgadas com menos rigor do que essas cidades que viram os milagres, pois aquelas não tiveram a oportunidade de conhecer o poder de Deus ou a mensagem do Evangelho. Muitas pessoas pedem um sinal a Deus para que possam crer, mas ai daqueles a quem Deus envia um sinal e mesmo assim a pessoa não crê.
Deus ocultou todas estas coisas dos sábios e entendidos, e as revelou aos pequeninos. Só se pode conhecer o Pai e o Filho se isso lhe for revelado. Busquemos então a Cristo estando cansados e oprimidos e ele nos aliviará, pois é manso e humilde de coração, encontremos descanso para nossas almas, pois é suave o jugo e leve o fardo de quem vive em Cristo. Graças a Deus, Pai de nosso Senhor e Salvador. Amém.

domingo, 17 de março de 2013

Quem tem o ônus da prova, ateístas ou teístas?

A maioria dos ateus que conversei costuma dizer que se alguém tem que provar alguma coisa, esse alguém seria então a pessoa que crê em Deus. Eu entendo que essa afirmação vem do seguinte raciocínio; nós vivemos num mundo onde descobrimos as coisas a nossa volta através do uso dos cinco sentidos, e dessa forma interagimos com as coisas. Aí surge alguém dizendo que existe um ser (ou seres) que não se pode ver, ou ouvir, ou tocar, etc. Então o natural seria a seguinte reação: Ah existe esse ser? Então prova!
 
Eu costumo concordar com esse raciocínio, mas como diria o cético, “Há controvérsias!”. Acontece que muitos cientistas ateus, principalmente da área da biologia, afirmam que a natureza é formada por seres o objetos que possuem a aparência de design, ou seja, que parecem terem sido projetados propositalmente. Como vemos na seguinte afirmação de Richard Dawkins:

Biologia é o estudo de coisas complicadas que dão a aparência de terem sido projetadas para uma finalidade.
 
Ele continua:
 
[...]Os resultados vivos da seleção natural nos impressionam irresistivelmente com a aparência de design como se de um mestre relojoeiro[...]
 
Acredito que essa afirmação inverte totalmente a questão do ônus da prova. O que o ateu está dizendo é que vivemos num mundo onde o natural é imaginar que as coisas foram criadas por alguém, um universo que não surgiu por acaso, mas propositalmente. Então, se a inferência de design é tão óbvia e tão natural (irresistível diz Dawkins), por que então rejeitar essa conclusão, a de que um ser projetou o universo? Por que não seguir o que nosso instinto e tudo a nossa volta está nos dizendo, que o universo foi criado propositalmente? Agora quem tem que dar uma explicação é os ateístas, e não os teístas. A não ser que o ateu negue a aparência de design do universo, indo contra os mais influentes cientistas da atualidade.
 
Para completar o assunto eu gostaria de falar da minha fé no Deus revelado em Cristo. Pois independente de quem tem o ônus da prova, se um teísta disser que pode provar que deus existe, ele não está falando do mesmo Deus que eu creio. O Deus revelado em Jesus é um Deus que só se relaciona através da fé. É um Deus que não pode ser provado, pois não pode ser reduzido. A fé é um dos dons mais belos e mais importantes na teologia cristã, e um deus cientificamente provável excluiria a fé. Portanto para se relacionar com Deus é preciso crer que ele exista, é preciso dar o pequeno passo que sai da região de conforto da lógica humana, dos modelos matemáticos, algorítmicos, lógicos, racionais. E passar para região onde o conforto é confiar que Deus sabe o que faz, que temos um Pai mais que “super-homem” para nos salvar, não dos perigos do mundo, mas de nós mesmo, pois somos crianças que insistem em por o dedo na tomada, por a mão no fogo, andar em beiras de precipícios...
 
Portanto, eu não sei quem tem o ônus da prova, ateístas ou teístas, mas não me preocupo mais com isso, pois sei em quem tenho crido.
 

sábado, 2 de março de 2013

Anotações Particulares 10

Evangelho segundo Mateus, capítulo 10 - Jesus envia seus discípulos

O capítulo inicia com Jesus dando poder aos doze discípulos, para eles expulsarem demônios e curarem doenças. Note que o texto deixa bem claro que quem recebeu esse poder foram os 12, e com um propósito bem específico que falarei daqui a pouco. Ninguém pode usar esse texto como base para pregar poder de cura e de expulsar demônios a todos cristãos.
 
Jesus então diz para eles não irem às cidades dos gentios ou samaritanos, mas apenas aos Israelitas. E está aqui o propósito que falei no parágrafo anterior. Paulo na carta aos coríntios fala "Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria". O povo judeu pediria sinais como prova de que são enviados de Deus, então Jesus deu poder aos discípulos fazerem alguns sinais. E aqui Ele diz algo lindo e muito importante: "de graça recebestes, de graça dai". Pois os discípulos não mereciam o que receberam, mas receberam de graça. Jesus ainda diz para eles não possuir dinheiro, nem objetos a mais, então se alguém quer usar esse texto como base para realizar curas, expulsar demônios, devia também não possuir nenhum bem material nem dinheiro. Não é o que se vê por aí.
 
Cristo diz também que se mesmo com todo esse poder e esses sinais eles não fossem recebidos pelos judeus, o juízo desses seria maior do que o de Sodoma e Gomorra. Pois estas cidades não tiveram a oportunidade de conhecer Deus com tantas evidências e sinais. Deus é justo e não vai cobrar das pessoas algo que elas não poderiam saber. Então Jesus diz que os discípulos seriam perseguidos por seus irmãos e parentes, os próprios judeus, por causa do Evangelho. Afinal, se chamam o próprio Cristo de Belzebu, imagina o que fariam com os discípulos.
 
Por isso não devemos temer os que podem matar o corpo e não a alma, os homens, mas devemos temer aquele que pode matar tanto o corpo quanto a alma, que é Deus. E assim confiar em Deus também, afinal nada acontece sem a vontade do Pai, Ele conhece cada fio de cabelo que temos. Não nos envergonhemos de Cristo, mas confessemos que somos cristãos diante dos homens, mesmo que isso seja um suicídio social ou motivo de perseguição. Quem faz questão de ter uma vida bacana diante dos homens, desperdiça a vida, mas quem abrir mão de viver como o mundo ensina buscando viver o que Cristo ensina, esse receberá vida.
 
A Deus e Pai de Cristo, fonte da vida, sejam todo meu amor, adoração e a minha vida, amém.
 
 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Reflexões sobre a ciência 3

Acredito que este será o último post dessa série de reflexões sobre a ciência, farei minhas considerações finais sobre o que penso do assunto.

No primeiro post da série eu falei sobre a ciência não tratar de verdades absolutas, mas sim de modelos cuja única relação que eles têm com a realidade é uma capacidade limitada de previsão de um evento real. Isso não significa que o modelo seja uma descrição exata e perfeita da realidade por trás do evento modelado. A ideia fica clara se pensarmos na física Newtoniana, que trata de modelos que descrevem muito bem uma gama de eventos reais, mas que Einstein depois mostrou estar faltando um detalhe, e assim complementou o modelo inserindo novas informações.  O modelo de Newton continua sendo usado, mas sabemos que não é uma descrição perfeita e exata da realidade. O mesmo pode acontecer um dia com o modelo de Einstein, com novas pesquisas e dados inserindo mais fatores ao modelo, e isso acontecer infinitamente sem que nunca se chegue ao modelo final que realmente seja a descrição do que está por trás dos eventos reais.
Podemos então, a partir desse ponto, dar mais um passo e perceber que o modelo criado cientificamente não obriga a realidade a se comportar da maneira prevista. Quero dizer que o modelo não garante que a realidade sempre se comportou, se comporta e sempre se comportará da maneira prevista por ele.  O modelo nos diz que todas as vezes que o evento foi repetido de forma controlada, medido e registrado, a realidade se comportou da mesma maneira, mas ele não nos diz nada sobre os eventos nunca registrados. Isso é um exemplo do chamado problema da indução.  Concluímos então que o êxito de um modelo é algo totalmente estatístico, uma estatística de 100%, mas ainda sim uma estatística. É como uma pesquisa eleitoral, mesmo que um candidato tenha 100% de aceitação na pesquisa, nós sabemos que é possível que os outros candidatos recebam um número considerável de votos na eleição real.
Por fim, a ciência também precisa lidar com hipóteses não testáveis, e isso pode gerar muita confusão até mesmo para os melhores cientistas. Por exemplo, quando falamos de eventos passados não reproduzíveis ou verificáveis. Nestes casos não podemos falar em provas, mas em evidências a favor e contra. A ideia é juntar os fatos e verificar se as evidências a favor de tal hipótese estão mais próximas da realidade esperada, e também explicar como as evidências contrárias se encaixam no modelo proposto. Assim, com uma análise criteriosa, podemos dizer que tal evento passado possivelmente aconteceu de tal maneira. Nada impede que novas evidências surjam e mude o rumo das coisas, então novos modelos devem ser pensados para encaixar os novos dados. Portanto, quando estamos falando de eventos passados dos quais não se tem um registro criterioso, como, por exemplo, o “big bang” e a evolução a partir de um único ancestral comum, devemos mais ainda ter o cuidado, e a humildade, de não tratar como fatos ou verdades comprovadas, mas sim como hipóteses a ser constantemente avaliadas.
Concluindo então a série de posts, temos a ciência com seu escopo bem definido, assumindo as crenças necessárias para se fazer ciência, e desmistificando supostas verdades absolutas, podemos fazer melhor ciência, mais humilde e realista, focando no que realmente importa. Assim temos a pesquisa científica como uma fascinante forma de se obter conhecimento útil para a humanidade.

Fonte da imagem: http://jjkiefer.deviantart.com/art/Albert-Einstein-285400074