sexta-feira, 29 de março de 2013

Anotações particulares 11

Evangelho segundo Mateus - Capítulo 11 - Sobre Jesus e João Batista
 
No início do capítulo João Batista está preso, então ele envia dois discípulos para perguntar a Jesus se ele é mesmo o messias. Cristo responde citandos os sinais que ele realizava. O propósito dos milagres de Cristo fica claro, eles eram para confirmar que Jesus realmente é o messias, para que as pessoas passassem a crer nele. Por isso entendo que os milagres não são para quem já crê, o que se confirma quando Paulo mesmo não é curado de seu espinho na carne. Para quem já crê, a graça de Deus é suficiente.
 
Jesus então passa a falar sobre João Batista, dizendo que ele era muito mais que um profeta, pois foi escolhido por Deus para anunciar a chegada de Cristo, porém o menor no reino dos céus é maior do que ele. Anunciar o Evangelho do reino dos céus é uma tarefa mais importante do que a de João Batista, pois é a única mensagem que realmente pode salvar as almas dos homens.
O mundo no geral não quer aceitar a mensagem do Evangelho, dando qualquer desculpa para rejeita-la, pois João Batista jejuava e as pessoas diziam que tem demônio, então veio Jesus comendo e bebendo e o chamavam de comilão e beberrão, amigo dos publicanos e pecadores. Jesus veio salvar os homens, mas também confrontar o ego das pessoas, por isso acredito que a única coisa que pode impedir alguém de se render à graça de Deus é o próprio orgulho.
Jesus passa então a falar das cidades nas quais operou sinais e milagres, mas as pessoas mesmo assim não creram. Olhem como a justiça de Deus é inquestionável, pois Jesus diz que cidades extremamente pecadoras (Tiro, Sidom, Sodoma) serão julgadas com menos rigor do que essas cidades que viram os milagres, pois aquelas não tiveram a oportunidade de conhecer o poder de Deus ou a mensagem do Evangelho. Muitas pessoas pedem um sinal a Deus para que possam crer, mas ai daqueles a quem Deus envia um sinal e mesmo assim a pessoa não crê.
Deus ocultou todas estas coisas dos sábios e entendidos, e as revelou aos pequeninos. Só se pode conhecer o Pai e o Filho se isso lhe for revelado. Busquemos então a Cristo estando cansados e oprimidos e ele nos aliviará, pois é manso e humilde de coração, encontremos descanso para nossas almas, pois é suave o jugo e leve o fardo de quem vive em Cristo. Graças a Deus, Pai de nosso Senhor e Salvador. Amém.

domingo, 17 de março de 2013

Quem tem o ônus da prova, ateístas ou teístas?

A maioria dos ateus que conversei costuma dizer que se alguém tem que provar alguma coisa, esse alguém seria então a pessoa que crê em Deus. Eu entendo que essa afirmação vem do seguinte raciocínio; nós vivemos num mundo onde descobrimos as coisas a nossa volta através do uso dos cinco sentidos, e dessa forma interagimos com as coisas. Aí surge alguém dizendo que existe um ser (ou seres) que não se pode ver, ou ouvir, ou tocar, etc. Então o natural seria a seguinte reação: Ah existe esse ser? Então prova!
 
Eu costumo concordar com esse raciocínio, mas como diria o cético, “Há controvérsias!”. Acontece que muitos cientistas ateus, principalmente da área da biologia, afirmam que a natureza é formada por seres o objetos que possuem a aparência de design, ou seja, que parecem terem sido projetados propositalmente. Como vemos na seguinte afirmação de Richard Dawkins:

Biologia é o estudo de coisas complicadas que dão a aparência de terem sido projetadas para uma finalidade.
 
Ele continua:
 
[...]Os resultados vivos da seleção natural nos impressionam irresistivelmente com a aparência de design como se de um mestre relojoeiro[...]
 
Acredito que essa afirmação inverte totalmente a questão do ônus da prova. O que o ateu está dizendo é que vivemos num mundo onde o natural é imaginar que as coisas foram criadas por alguém, um universo que não surgiu por acaso, mas propositalmente. Então, se a inferência de design é tão óbvia e tão natural (irresistível diz Dawkins), por que então rejeitar essa conclusão, a de que um ser projetou o universo? Por que não seguir o que nosso instinto e tudo a nossa volta está nos dizendo, que o universo foi criado propositalmente? Agora quem tem que dar uma explicação é os ateístas, e não os teístas. A não ser que o ateu negue a aparência de design do universo, indo contra os mais influentes cientistas da atualidade.
 
Para completar o assunto eu gostaria de falar da minha fé no Deus revelado em Cristo. Pois independente de quem tem o ônus da prova, se um teísta disser que pode provar que deus existe, ele não está falando do mesmo Deus que eu creio. O Deus revelado em Jesus é um Deus que só se relaciona através da fé. É um Deus que não pode ser provado, pois não pode ser reduzido. A fé é um dos dons mais belos e mais importantes na teologia cristã, e um deus cientificamente provável excluiria a fé. Portanto para se relacionar com Deus é preciso crer que ele exista, é preciso dar o pequeno passo que sai da região de conforto da lógica humana, dos modelos matemáticos, algorítmicos, lógicos, racionais. E passar para região onde o conforto é confiar que Deus sabe o que faz, que temos um Pai mais que “super-homem” para nos salvar, não dos perigos do mundo, mas de nós mesmo, pois somos crianças que insistem em por o dedo na tomada, por a mão no fogo, andar em beiras de precipícios...
 
Portanto, eu não sei quem tem o ônus da prova, ateístas ou teístas, mas não me preocupo mais com isso, pois sei em quem tenho crido.
 

sábado, 2 de março de 2013

Anotações Particulares 10

Evangelho segundo Mateus, capítulo 10 - Jesus envia seus discípulos

O capítulo inicia com Jesus dando poder aos doze discípulos, para eles expulsarem demônios e curarem doenças. Note que o texto deixa bem claro que quem recebeu esse poder foram os 12, e com um propósito bem específico que falarei daqui a pouco. Ninguém pode usar esse texto como base para pregar poder de cura e de expulsar demônios a todos cristãos.
 
Jesus então diz para eles não irem às cidades dos gentios ou samaritanos, mas apenas aos Israelitas. E está aqui o propósito que falei no parágrafo anterior. Paulo na carta aos coríntios fala "Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria". O povo judeu pediria sinais como prova de que são enviados de Deus, então Jesus deu poder aos discípulos fazerem alguns sinais. E aqui Ele diz algo lindo e muito importante: "de graça recebestes, de graça dai". Pois os discípulos não mereciam o que receberam, mas receberam de graça. Jesus ainda diz para eles não possuir dinheiro, nem objetos a mais, então se alguém quer usar esse texto como base para realizar curas, expulsar demônios, devia também não possuir nenhum bem material nem dinheiro. Não é o que se vê por aí.
 
Cristo diz também que se mesmo com todo esse poder e esses sinais eles não fossem recebidos pelos judeus, o juízo desses seria maior do que o de Sodoma e Gomorra. Pois estas cidades não tiveram a oportunidade de conhecer Deus com tantas evidências e sinais. Deus é justo e não vai cobrar das pessoas algo que elas não poderiam saber. Então Jesus diz que os discípulos seriam perseguidos por seus irmãos e parentes, os próprios judeus, por causa do Evangelho. Afinal, se chamam o próprio Cristo de Belzebu, imagina o que fariam com os discípulos.
 
Por isso não devemos temer os que podem matar o corpo e não a alma, os homens, mas devemos temer aquele que pode matar tanto o corpo quanto a alma, que é Deus. E assim confiar em Deus também, afinal nada acontece sem a vontade do Pai, Ele conhece cada fio de cabelo que temos. Não nos envergonhemos de Cristo, mas confessemos que somos cristãos diante dos homens, mesmo que isso seja um suicídio social ou motivo de perseguição. Quem faz questão de ter uma vida bacana diante dos homens, desperdiça a vida, mas quem abrir mão de viver como o mundo ensina buscando viver o que Cristo ensina, esse receberá vida.
 
A Deus e Pai de Cristo, fonte da vida, sejam todo meu amor, adoração e a minha vida, amém.