sábado, 24 de novembro de 2012

Será que você quer mesmo justiça?

Uma das objeções que sempre ouço em relação ao Evangelho da Graça é a de que não seria justo, afinal se uma pessoa passa a vida toda matando, roubando, estuprando e etc., e essa pessoa em algum momento da sua vida passar a crer em Cristo, ela iria para o céu. A impressão que dá é a de que não existe nenhuma espécie de justiça cósmica, onde as pessoas paguem pelos seus erros, já que a salvação é gratuita por meio da fé, e muitas pessoas se sentiriam injustiçados se a salvação for realmente dessa forma. Mas será que você quer mesmo justiça?

Eu vou propor então um novo modelo de justiça, tentando ser o mais justo possível, e vamos ver o que aconteceria. Imagina que num país fictício a justiça fosse da seguinte forma; todo erro que você cometer você é obrigado a pagar por ele, dessa forma provavelmente se alguém cometer um furto, justo seria que seus bens também fossem “furtados”, confiscados de alguma forma; se uma pessoa cometer um assassinato, justo seria que essa pessoa morresse; aquele que estuprasse poderia ter seu pênis retirado. Até aqui parece que seria boa essa justiça, mas vamos continuar. Se alguém cometer adultério perderia o cônjuge e todos os seus bens; a pessoa que mentir deveria ter a língua cortada fora; e quem agredisse outra pessoa seria açoitado e espancado. Agora está ficando meio estranho, mas a ideia não é ser justo? Erro é erro e deve ser punido, mas vamos ver aonde isso vai dar. Se a pessoa olhar com cobiça para a mulher de outro deveria ter os olhos arrancados; aquele que julgar pela aparência deveria ser desfigurado; e a pessoa desejar dentro de si que algo de ruim aconteça para outros? Deveria ter o cérebro tirado?

Parece que a justiça plena se tornou impraticável, afinal quem nunca olhou e desejou alguém? Ou quem nunca pensou mal de outra pessoa? Quem nunca mentiu? A gente às vezes não se dá conta, mas essas coisas também são erradas, e se é pra ser justo todo mundo seria punido. Mas justiça é justiça, e ela deve ser executada, não é mesmo?

Agora com essa nova consciência, a de que todos são merecedores de condenação, o Evangelho da Graça se torna totalmente atraente, afinal o Deus revelado na bíblia é o Deus que justifica o ímpio (Rm 4:5), e Jesus, Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus (2Co 5:21), De maneira que a lei nos serviu de aio [babá], para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados (Gál 3:24), Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus (Rom 3:24).

Será que você quer mesmo justiça?
Eu quero graça!

Em Cristo Jesus nosso Salvador, graça e paz a todos!

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:JudgesTools.JPG

sábado, 17 de novembro de 2012

Anotações particulares 2

Anotações sobre o capítulo 2 do Evangelho segundo Mateus - Os reis magos e a fuga para o Egito

A primeira coisa que me chama a atenção neste capítulo é que não diz em nenhum lugar que eram três reis magos, apenas diz que uns magos (no sentido de sábios) vieram do oriente. Nos outros evangelhos também não é falado que eles eram três pessoas.
Outra coisa interessante é a noção de como as profecias messiânicas judaicas eram conhecidas entre outros povos. Os judeus foram feitos servos de muitos povos no passado antes de Cristo, e levados em cativeiro muitas vezes. Certamente os verdadeiros profetas e os servos do Senhor propagavam a mensagem messiânica aos povos, e muitos creram.
É interessante que a primeira coisa que os reis magos fizeram ao encontrar Jesus foi adorá-lo, algo que apenas Deus pode receber. E não podemos dizer que eles adoraram Jesus contra a vontade de Deus, afinal o próprio Deus os avisou do lugar do nascimento de Cristo, e também disse a eles que não voltassem pelo caminho que vieram, para junto de Herodes. Sendo assim, Cristo é Deus e digno de nossa adoração. 
Herodes, quando percebeu que os reis magos não voltariam, mandou matar os meninos de até dois anos. Isso mostra que a noção comum de presépio de natal está equivocada, afinal Jesus já tinha uns dois anos quando os reis magos chegaram a Belém, que foi o tempo que eles levaram para vir do oriente.
Outro detalhe que chama a atenção neste capítulo é a quantidade de profecias cumpridas nesses acontecimentos:
1)o nascimento do Cristo em Belém de Judá;
2)a viagem de Jesus do Egito à Israel;
3)a lamentação pelos meninos mortos;
4)Cristo sendo chamado Nazareno. 
Esse detalhe é importante pois mostra que realmente Deus anunciou a vinda de Cristo pelas vozes dos profetas, e que Ele sabe desde o principio todas as coisas que iam e vão acontecer. Ele é o Deus todo poderoso, rico em sabedoria, bom, misericordioso e justo. A este Deus seja dada toda glória, honra e louvor eternamente. Amém.

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Gospel_of_Matthew_Chapter_2-2_(Bible_Illustrations_by_Sweet_Media).jpg

sábado, 10 de novembro de 2012

Anotações particulares 1

Anotações sobre o capítulo 1 do Evangelho segundo Mateus - Genealogia e nascimento de Jesus.

O livro inicia dizendo que Jesus é filho de Davi. Uma objeção que poderia
ser feita é que Jesus não foi gerado de José, que é descendente de Davi,
e que Ele é filho apenas de Maria. A bíblia não revela claramente a
ascendência de Maria, mas muitos acreditam que a genealogia em Lucas 3
seria a de Maria, mostrando que Maria também é descendente de Davi.
Outros acreditam que Maria era da tribo de Levi, por ser prima de Isabel
que é filha de Arão.

Independente da ascendência de Maria, podemos ter certeza que Jesus é
descendente de Davi pela genealogia do José, afinal este já estava casado
com Maria antes mesmo dela conceber do Espirito Santo e, pela cultura
judaica, é a mulher que passa a ser da família do marido ao se casar.

Comentários sobre alguns nomes que aparecem na genealogia de Mateus 1:

"E Judá gerou, de Tamar, a Perez e a Zerá" Mateus 1:3. Tamar era a nora
de Judá, que se disfarçou de prostituta e assim engravidou do Sogro.

"Salmom gerou, de Raabe, a Boaz; e Boaz gerou de Rute a Obede" Mateus
1:5. Esta Raabe talvez seja a mesma prostituta de Jericó, e Rute é uma
estrangeira (Sendo que pela lei judaica, os judeus não deveriam casar com
estrangeiras).

"e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias." Mateus 1:6.
Davi e Bate-Seba cometeram adultério, pois ela era esposa de Urias.

Esse são alguns exemplos de que Jesus veio de uma família nada exemplar.
Acredito que Deus quis registrar essas coisas primeiramente para mostrar sua
maravilhosa graça e misericórdia. Em segundo lugar isso é uma boa
evidência de que a história de Cristo não foi inventada, afinal se alguém
quisesse inventar a história de um herói valoroso, honrado, justo,
certamente o teria feito numa família que compartilhasse esses valores.

Outro detalhe interessante deste capítulo é a referência ao livro de
Isaias, onde diz que Jesus seria chamado de Emanuel, que significa Deus
conosco. Mostrando que é biblicamente claro que Jesus é o próprio Deus,
digno de ser adorado, único Senhor e Salvador.

A este Jesus, o Cristo, seja toda a glória, honra e louvor eternamente,
Amém.

Fonte da imagem: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Bible_paper.jpg

sábado, 3 de novembro de 2012

O Banqueiro e o Servo


Um Banqueiro muito rico e bondoso tinha um Servo que cuidava de todos os seus bens e de toda sua fazenda, e ele o amava muito. O Servo não recebia dinheiro por seu serviço, porém o Banqueiro fornecia uma boa moradia, alimento em abundância e tudo o que o Servo precisasse.

Ele sempre alertou seu Servo para que não tomasse dinheiro emprestado no banco, e nunca contraísse dívida, pois se o fizesse teria dinheiro para viver independente, e assim não mais trabalharia para o Banqueiro e viveria do próprio sustento, e ainda teria uma dívida a pagar.

Mas certo dia o Servo percebeu que se nunca tivesse dinheiro nunca seria como o Banqueiro, dono de uma grande propriedade e muito rico, e que seria para sempre servo sem nenhuma chance de sair dessa condição. Por esse motivo o Servo foi ao banco, tomou dinheiro emprestado, e voltou para a fazenda do Banqueiro, mas se fechou em seu quarto e não saiu de lá.

No fim da tarde, quando o Banqueiro voltou para sua fazenda, ele percebeu que o Servo não estava cuidando da fazenda, e então saiu a procura-lo, já sabendo que o Servo tinha tomado dinheiro emprestado, pois ele sabe tudo o que acontece no seu banco. Ao encontrar seu Servo, o Banqueiro disse a ele que já não mais viveria em sua fazenda, e nem mais teria tudo o que precisasse, mas viveria do próprio dinheiro o do trabalho. Disse também que seria justo ele cobrar a dívida quando ele quisesse, mas que esperaria um tempo por amor ao Servo, porém quando ele viesse cobrar seus devedores, os que não pudessem pagar seriam condenados por suas dívidas.

E assim o Servo saiu da presença do Banqueiro, e foi procurar trabalho para se sustentar e pagar sua dívida. E durante sua vida o Servo teve filhos e filhas, que também tiveram filhos e filhas, e tomaram mais dinheiro emprestado nos momentos de dificuldade, se endividando mais e mais. Mas o Banqueiro, por amor de seu antigo Servo e de sua família, era longânimo e paciente, e não cobrava a dívida.

O Banqueiro tinha um único Filho, e este também era muito rico. Este Filho também amava o Servo e sua família, e por ter se compadecido deles decidiu dar toda riqueza que tinha para pagar a dívida deles e traze-los de volta para sua fazenda. Então o Filho do Banqueiro abriu mão de tudo que tinha e pagou a dívida do servo e de sua família, e então mandou seus próprios servos anunciar a toda aquela família que a dívida tinha sido paga, e que eles apenas deveriam busca-lo para receber o penhor da quitação da dívida.

Ao ouvir essa notícia, muitos dos da família do servo não acreditaram, pois não conheciam o Filho do Banqueiro e nem o amor que este os amava, e não foram ao encontro do Filho. Outros acreditaram, mas estavam tão ocupados com seus afazeres que deixaram para depois. Mas também houve aqueles que acreditaram e foram correndo em busca do Filho do Banqueiro, e receberam o penhor da quitação, podendo viver em paz, pois já não deviam nada ao Banqueiro.

E assim o Filho do Banqueiro continuou enviando seus servos, para tentar convencer a todos que eles deveriam busca-lo. Até que um dia, quando ninguém esperava, o Banqueiro resolveu cobrar a dívida daquela família, pois já havia esperado demais, e era justo que todos os devedores pagassem suas dívidas. Sendo que ninguém daquela família tinha dinheiro para pagar a dívida, muitos foram condenados, mas os que buscaram o Filho do Banqueiro, e garantiram o penhor da quitação, foram recebidos de volta na fazenda do Banqueiro, onde um grande banquete havia sido preparado para eles, e moraram lá em paz e alegria, eternamente com o Banqueiro e seu Filho, que os amavam muito.

Todos nós, seres humanos, somos pecadores e por isso temos uma dívida com Deus. Jesus Cristo, o Filho de Deus, abriu mão de tudo o que tinha e entregou a si mesmo para pagar nossa dívida com Deus. Creia na obra de Cristo, o busque o mais rápido possível, e receba gratuitamente o perdão de sua dívida!